domingo, 24 de outubro de 2010

Especial de Um Ano III

Eu não sabia o que fazer, todo o meu sonho tinha sido em vão, como pode me iludir e me deixar a sua espera. Cheguei em casa, não pude tocar a comida, tudo me causava ânsia, eu não queria vê-lo, nem pensar nele novamente, eu não ousaria citar o nome dele de novo e de novo.

Resistir, resistir até suas forças sederem, é eu fui ao encontro dele pela tela do computador, ele foi quem tomou a iniciativa e me perguntou o porquê eu não havia mandado a mensagem pra ele. Tudo começou a se esclarecer, eu fui culpada de tudo, de tudo, como poderia esquecer que seu celular não era da mesma região que o do meu amigo, como poderia esquecer do maldito código 46, eu sim, eu era a culpada por tudo aquilo, tudo voltou a ser como era antes, eu estava feliz novamente, tinha uma vontade enorme de vê-lo, mas só teria oportunidade na semana seguinte.

Uma semana de espera, expectativa.

O dia chegou, eu estava bem, meus olhos cintilavam, eu fiz a segunda prova sem ao menos ler e sai, encontrei minhas amigas e fomos ao encontro dele, vi ele ao longe, com um camisa azul marinho com a seguinte frase em verde limão “Just do it”, ele estava do outro lado da rua, de pé, escorado no muro, hoje alguns longos meses depois eu lembro exatamente do dia, eu estava com minha camisa preferida, a camisa do internacional, ele me viu, eu vi ele, ele veio ao meu encontro, chegou perto, meu coração acelerou, eu enfim o conhecia, eu em fim o sentia, se aproximou e me deu um beijo leve no rosto, eu senti sua voz tremula, eu seu toque tremulo, e eu, e eu me senti a pessoa mais feliz da face da terra, eu estava tomada pela emoção, ele, eu, nós juntos.

Lembro do momento em que estávamos indo ao encontro das minhas duas amigas, que um delas, com seu humor tão, tão, tão grande gritou “oi compadre”, e fez com que as bochechas dele tivessem um tom mais avermelhado, sua pele morena, com um tom avermelhado de timidez, de vergonha me encantaram, eu já amava-o antes de vê-lo, antes de senti-lo, agora então, ah eu amava-o mais, mais intensamente, mais fortemente, mais tudo.

Passamos lá os melhores 60 minutos, ou um pouco menos, conversamos, eu senti pela primeira vez seu beijo, que já me viciava, ele era um tanto carinhoso, e isso me fazia bem, depois de alguns minutos a timidez já havia passado, a gente já se conhecia o suficiente, a gente já se abraçava e o nosso afeto parecia não ter fim, ficamos lá exatamente debaixo de algumas arvores sentados em uma arquibancada, a nossa frente tinha uma ou duas quadras e o silencio, era eu e ele.

Tudo tão perfeito, quanto num conto de fadas, até o momento de dizer adeus, já estava na hora de eu voltar para o meu mundo, o mundo do qual ele fazia parte, mas infelizmente eu não o traria comigo, mas tudo aquilo estaria guardado de uma forma tão intensa e verdadeira que eu jamais esqueceria, parece que eu ainda sinto seu afeto.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário