terça-feira, 31 de agosto de 2010

A ultima crônica .

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café
junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.


A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou
do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência,
que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao
episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de
esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico,
torno-me simples espectador e perco a noção do essencial.
Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o
verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último
poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar
fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.


Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de
sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha
de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas
curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres
esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam
para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro
que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom,
inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um
pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando
imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta
para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a
reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu
lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo
simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia
triang ular.

A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente.
Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e
filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os
observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta
caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola,
o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto
ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra
com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.
A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas
e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura --
ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de
bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim,
satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da
celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se
encontram, ele se perturba, constrangido -- vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se
abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura
como esse sorriso.

fernando sabino

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


É estranho como a coloração dos dias está voltando para o meu mundo, fazia tempo que eu não via o azul do céu, estava vivendo dentro de um mundo só meu, onde ninguém era bem vindo, vivia pensando da maneira mais absurda, sem esperanças, sem forças, sem sentindo, tudo pra mim era complicado de falar, de compreender.

Entendo que tudo o que sentia foi um grande conhecimento para não errar no futuro, mas toda aquela nostalgia já passou, todo aquele amor foi diminuindo diminuindo, não que tenha acabado, mas as atitudes fizeram com que tudo ficasse um pouco apagado e que o pensamento se voltasse mais para mim, para a minha felicidade, para a minha vontade, para o meu ser. Me sinto muito melhor, mas valorizada, e a cada dia mais conformada que o que passou deve ficar lá atrás e as lembranças nunca serão apagadas, serão a cada dia relembradas como um passado bonito que não se apagará.

Estou me sentindo leve, muito melhor do que antes e liberta daquele mundo estranho que nem eu compreendia, meu sorriso já é sincero, meu olhos já demonstram felicidade e tudo esta melhor, meu coração não parece mais estar aflito, as respostas começaram a aparecer e a cada passo meus dias se tornaram mais iluminados e cheios de verdades que antes tinham a missão de atormentar o meu ser.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não, não diga nada, apenas sinta.

Sinta a energia que está no ar, sinta o amor do próximo, o abraço da pessoa amada, sinta o perfume no pescoço de alguém, o beijo da sua mãe, sinta o valor das palavras, das expressões, sinta o olhar, a chuva, o sol, sinta o sorriso, a felicidade, a tristeza, sinta dor, vontade, alegria, saudade, sinta o sabor, a cor, a essência, sinta o toque, carinho, vaidade, sinta arrepiu, frio, medo, sinta melancolia, decepção. Sinta apenas sinta, tudo está interligado é complicado entender,as vezes sentir é difícil, mas quando tudo passa entendemos a necessidade de sentir.

sonhos que não existem mais.


Hoje eu me sinto tão leve quanto a brisa que cercam nossos dias, tão brilhante quanto um raio de sol, tão escura quanto a noite e tão livre como um pássaro perdido no céu azul.

Tive uma experiência, pude ajudar os necessitados, brincar com os carentes, conversar com os tímidos, abraçar os diferentes, observar nos olhos de cada um o que eles sentiam, ver a alegria no sorriso de cada criança, pude voltar a infância, escutando aquelas musicas que sempre escutava, sentia a cada verso que meu coração palpitava cada vez mais intensamente, eu me senti com a inocência de uma criança, com a alegria do diferente, com a sinceridade no olhar, com as doces palavras que ao serem jogadas ao vento sopram aos nossos ouvidos como musica, eu senti minha infância voltar e com isso a felicidade encontrar, posso dizer que será um dia para sempre lembrado, eu me senti completa, esqueci de tudo que havia por trás e encontrei a paz.

Queria poder viver mais desses momentos, esquecer do que me cerca, caminhar sem entender o quão o mundo e as pessoas são ingratas, queria ter a inocência em meus dias, mostrar pro mundo as minhas alegrias, mas meu sonho de criança acabou, estou me tornando alguém maior e meu coração se despedaçou, tudo que ficou para trás me falta hoje, mas não posso mais voltar atrás, era feliz e não sabia, tinha tudo e não sabia e alegria que eu tanto tinha hoje não existe mais, meus olhos vêem a verdade e não esconde nada mais .

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ser.

Eu preciso entender o que se passa no meu coração, não consigo deixar ódio nem ingratidão florescer dentro dele, tudo que aconteceu fez-me sentir um desprezo enorme, que faz com que tudo que eu faça me lembre o mesmo, eu não queria que as coisas tivessem tal efeito, mas é complicado, dói, caleja, arrebenta com os meus dias, sim, eu abro os meus olhos pensando no quanto as coisas podiam ser diferentes e deito pensando no que eu podia fazer para mudá-las, meu orgulho é forte, algo me diz que eu deveria buscar, correr, abraçar encontrá-lo, mas meu orgulho é mais forte, eu prefiro sofrer ao invés de procurá-lo, eu prefiro calar-me ao invés de soltar palavras ao vento, eu prefiro não sentir ao invés de transmitir o que eu sinto.
Meu ser sempre foi tomado de felicidade, mas não sei por onde demonstrá-la, queria poder arrancar de mim tudo o que me faz mal, tudo que me machuca, me insulta e trazer para o real o amor que existe em mim, o amor que eu queria dar para as crianças carentes, o amor que eu queria dar para os doentes, o amor que eu queria demonstrar pra aqueles que o desconhecem, o amor que eu queria dar pra quem o merece, quem sabe não seja assim que eu vá me sentir melhor, quem sabe não é compartilhando tudo o que eu tenho com quem merece, a verdade é que nem sempre a gente sabe amar quem nos ama e nem valorizá-lo, isso dói, machuca, então eu queria entender como pode ser tão difícil retribuir o que parece tão simples, seria tão mais fácil se o orgulho não existisse, se o amor prosperasse e se as pessoas se encontrassem.







Dedicando a post numero 50 para minha melhor amiga, Natalia Anginoni Santin, que sempre me ajudou, me aconselhou, me mostrou nesses 8 anos de amizade o que é ter uma amiga de verdade, que apesar de tudo sempre esteve do meu lado para me ajudar e eu tenho muito a agradecer. Amo Você ♥

domingo, 22 de agosto de 2010

E tudo que eu senti, não contou pra você ?

É estranho como as coisas são e como as pessoas mudam, confesso que ultimamente eu não entendo mais nada, existem pessoas que suplicam por amor e recebem ingratidão e existem pessoas que sentem-se amadas mas preferiram estar sozinhas, de fato, eu não sei, não entendo, as vezes eu sinto que tenho tudo, que estou completa e as vezes me sinto num vazio enorme. Acredito que as pessoas deveriam ser mais sinceras, sempre preferi a verdade que dói a mentira que por certo tempo acalenta, mas assim que descoberta te transforma. Eu não preciso de palavras, prefiro muito mais atos, palavras saem instantaneamente, podem ser elas boas ou ruins, dependem do momento e da fragilidade do ser, já os atos devem ser estudados, trabalhados, é pensado se realmente vai lhe fazer diferença, atos são de mostrados conforme os sentimentos e se não valer a pena eles não são demonstrados.
Eu me sinto transformada, nunca tinha sido tão fria o quanto hoje me sinto, sempre fui iludida por promessas, palavras, que simplesmente pra mim significavam, mas que pra que as falava não significava nada, eram apenas jogadas ao vento. Atos são desconhecidos para mim, e foi isso que fez-me acordar, eu percebi que nada era como o falado e a cada dia me sentia mais machucada, cada dia mais acabada e sem ninguém para me ajudar, as palavras me iludiam,e a esperança que elas se tornassem realidade também e nada era feito, eu simplesmente criava uma imagem que não existia, eu fazia planos e nada acontecia, tudo foi desaparecendo, como no por do sol quando ele se esconde no fim da tarde, a única diferença que o meu sol não aparecia na manhã seguinte, estava a me acostumar com a escuridão, mas não podia viver sem a luz, aos poucos lembrei-me de como é bom viver iluminada, mas a frieza que tomou o meu ser não foi embora.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estávamos nós, meus cinco colegas de aula e a professora debatendo assuntos polêmicos, política, natureza, religião e pensamentos.
Depois de muita conversa chegamos num assunto polemico que envolve nossa nova e pacata cidade, que tem muito o que viver.
Quem á conhece percebe que precisa de varias melhorias, do ponto central até o final, estradas totalmente detonadas, prefeitura velha sem cor, não, não parece uma prefeitura e sim um presídio,entre outras coisas que deixam a nossa cidade com um ar de abandonada, não existe argumentos para defender o porque da cidade estar assim. Os impostos são pagos da maneira correta pela maioria das pessoas, há certa cobrança perante as melhorias necessárias, mas ninguém com a palavra tão forte que faça os políticos entenderem que as melhorias não podem ser só feitas dois anos antes das eleições e que o dinheiro deve ser aproveitado para coisas uteis, as supérfluas podem esperar. Digo isso porque é o que realmente esta acontecendo, é necessário ter algumas coisas diferentes e atrativas na cidade, mas como elas podem embelezar se na verdade muitas outras coisas acabam estragando, um bom exemplo é o chafariz do centenário, onde com toda a certeza foi gasto muito dinheiro para fazer, confesso ficou lindo, deu a cidade um local diferente, uma atração nova, algo inédito que não tem em outros locais, mas para chegar até lá é preciso passar por muitos buracos, olhar a confusão e o caos que há na nossa cidade, para chegar lá e toda a beleza ser retirada por tudo aquilo que vivenciamos a poucos segundos, é complicado falar, estou vendo que as estradas vão ser arrumadas, dá-se pra perceber pelos boatos que circulam pela cidade e até porque a rua da minha casa foi fechada, estou vendo mudanças e isso me agrada, mas podia ter começado a muito tempo, pouco foi feito e as pessoas votaram, ouviram promessas e nada de muito diferente foi feito e a cobrança que deveria existir, ah nós não nos importamos com isso, só vamos lembrar que deveríamos cobrar isso, quando a corrupção é anunciada na televisão, parece que se não for assim nós nos cegamos e ainda temos a coragem de jogarmos toda a culpa nos governantes como se nós não fossemos culpados.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

dia inesquecível #final

Ao atender percebi a surpresa em sua voz, mas senti que ele estava feliz em ouvir-me, falei do tal acontecido e eu ouvi a incerteza em sua voz, afinal estava passando o jogo do seu time de coração e para ele é muito importante acompanhar o seu time, mais ou menos como ele é para mim, ele até falou que poderíamos nos encontrar com a certa condição que eu devia esperá-lo, tudo bem eu o entendia, nada poderia estragar esse momento. Depois de algum tempo que havíamos saído para ir a cidade vizinha, enfim chegamos, eu olhava todas as ruas e não podia acreditar que o dia que eu tanto sonhava, que faziam minhas noites mais iluminadas, havia chegado, eu mal podia esperar para lhe ver, havia varias coisas passando por minha cabeça, eu contava as horas, os segundos, mas o tempo parecia ter congelado.
Havíamos chegado a sorveteria que ficava exatamente no centro da cidade, e não há um ser que não há conheça, sentamos exatamente no meio dela, uma mesa perto da porta, eu estava sentada na ponta da mesa o que me fazia ver todo o movimento que se passava ali fora, fomos servidas, estamos em frente a uma deliciosa banana split, mas eu não sentia fome, nada passava pela minha garganta, estava em êxtase, parecia estar num sonho, meu ser estava tomado por um nervosismo mas eu não entendia, afinal eu já havia o visto outra vez. As minhas queridas amigas, estavam do meu lado a todo o tempo, falando bobeiras que só a gente entende, a cada pessoa que passava na calçada eu sentia meu coração bater mais forte, eu já estava tomada de todo o amor que existe em mim, eu precisava compartilhá-lo mas tinha que esperar, estava sendo insuportável estar sentada naquela cadeira e ter de esperar o tempo passar, era totalmente estranho a maneira com que eu agia, estava tentando me demonstrar normal, mas eu sentia tão absurdamente estranha, nada nunca havia me deixado assim, eu sabia que era um nervosismo bom, mas estava com medo de tudo isso ser em vão, de ter que voltar para a minha casa sem poder olhar sua pele morena, acariciar seus cabelos negros, de escutar sua voz, de sentir seu abraço.
Faltavam quinze minutos para que o jogo acabasse, eu estava a cada segundo mais ansiosa, e eu tentava disfarçar que aquilo me afligia, eu mal podia esperar. Elas como sempre me ajudando, conversando e tentando me entreter, lembro das nossas risadas, das nossas bobeiras e tudo, elas foram muito importantes para eu conseguir agüentar esse tempo todo.
Estava na hora, eu me sentia leve, mas não era fácil suportar a expectativa, elas continuavam a fazer piadinhas divertidas com todas as pessoas que passavam pela rua, me deixando cada vez mais ansiosa. Eu estava a observar a rua, quando de repente eu vi ao longe, do outro lado da rua, ele, ele estava caminhando ao meu encontro, sim, ele estava, parecia que tudo era um sonho, eu não via mais as pessoas ao meu redor, meu foco era eterno nele, caminhando em minha direção, assim em poucos segundos ele estava ao meu lado, eu continuava a sentir palpitações, puta ele estava do meu lado, eu mal podia acreditar, meus olhos brilhavam, eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo, conversamos um pouco e então resolvemos ir caminhar até a praça que era logo ao lado, minhas amigas nos acompanhavam só que um pouco mais atrás. Estamos meio distantes, mais que de repente, em um movimento meio brusco ele me abraçou, eu me sentia mais leve do que nunca, estava sendo abraçada por ele, era tudo pra mim, confesso que fazia tempo que eu não me sentia assim, tão bem, continuávamos a caminhar só que dessa vez abraçados, estava me sentindo tão segura, podia viver ali naquele momento por todo o sempre, estamos parados na frente de uma loja que por sinal não tinha a menor graça, até o momento que os lábios dele tocaram os meus, só podia estar sonhando, não, eu não estava e isso fez do meu ser mais feliz, eu estava sim do lado dele, abraçava-o, como em todos os meus sonhos, como nos meus pensamentos, como naquele filme que eu criava na minha cabeça e reassistia milhões de vezes, continuamos a caminhar, fomos até a praça e sentamos num banco, um do lado do outro, e eu sentia seu abraço, sentia seu cheiro, sentia-o perto de mim, gostaria que o tempo congelasse ali. Ficamos um bom tempo ali juntos, não o tanto que eu gostaria, mas deu para aproveitar ao máximo, eu perdi a noção do tempo enquanto estávamos juntos, não parecia, mas já estava na hora de eu voltar a realidade, foi complicado acordar, foi complicado deixar tudo de lado para voltar ao meu estado de sempre, a voltar a ser a menina do sorriso complicado de desvendar, me despedi dele, foi difícil, eu não queria, mas era necessário, mas senti que nada foi em vão, tudo aconteceu de uma maneira tão bonita, que quando não estou com a mente ocupada relembro desse lindo momento, eu senti pela ultima vez nossos lábios se tocarem, foi difícil acordar.



Créditos ao quarteto patatinha *-* obrigada minhas lindas !

domingo, 15 de agosto de 2010

dia inesquecível #1

Lembro que havia acordada sem muito disposição, e ao abrir a janela percebi o brilho forte que o sol estava transmitindo, então recebi um bom dia caloroso das pessoas que eu amo, tudo está acontecendo normalmente. Uma duvida cercava minha cabeça, num dia tão bonito eu não poderia ficar em casa, tentando encontrar o que fazer, liguei essa maquina criada para viciar as pessoas a ser suas cervas e dela utilizar para diversas coisas, produtivas ou não. Lembrei então que deveria ir a casa de uma amiga, tinha muito o que falar com ela e assim faríamos algo de produtivo, então chamei ela no nosso amado Messenger.
Ela estava disposta a me contar uma coisa, que estragaria meu dia, mas era necessário eu saber, pois existem coisas que precisamos saber por mais dolorosas que sejam. Depois de uma longa conversa, e já sabendo o que iria afligir meu ser , passei algumas horas pensativa e sem muita reação, me lembro da confusão que havia virado a minha cabeça, e da vontade de correr ao abraço de alguém e deixar as lagrimas correrem sem medo, mas eu precisava esperar, esperar a hora de sair do meu doce lar, meus amados não entenderiam o porque de tudo aquilo, então fui tão forte, o mais forte que pude, e na hora exata, no momento em que minhas forças estavam cedendo, eu corri, fui ao mais rápido que pude ao encontro das minhas amigas, nos braços delas eu me sentia segura e pronta para deixar com que tudo que eu sentia se tornasse lagrimas, eu abracei-as tão forte, tão intensamente que eu podia sentir a força que elas passavam pra mim, depois de algum tempo de conversa eu já me sentia um pouco melhor, mas ainda não havia me conformado, não era possível que o que eu estava a ouvir fosse verdade, mas ai lembrei de que elas não queriam me ver feliz sendo enganada por pessoas que diziam ser amigas, elas queriam que eu percebesse quem realmente estava ao meu redor, assim aos poucos com a força que elas me passavam eu comecei a me sentir melhor, eu já respirava aliviada.
Então estávamos combinando de fazer algo, quando de repente o telefone tocou, eu jamais poderia imaginar o quanto esse telefonema mudaria o meu estado, o quanto tudo o que estava para acontecer mudaria meu humor, estava do outro lado da linha uma outra amiga que estava nos convidando a ir há cidade vizinha, para um programa de amigas, então eu sem reação comecei a pensar no melhor, se eu pudesse ir até lá e encontrar a pessoa que muda meu humor, que faz meu coração palpitar, que me da forças, e que faziam alguns 8 meses que eu não o via, eu estava totalmente tomada por uma alegria desumana, era a oportunidade perfeita, era o momento certo, eu estava prestes a embarcar em mais uma de minhas aventuras em busca do sorriso da pessoa amada. Então assim que o telefone foi desligado elas vibraram forte comigo, me falaram palavras de acalento me encorajando a ir em frente, o momento mais difícil seria convencer os meus amados a me deixar ir, então sai correndo, sentia a brisa do ar tocar a minha face, sentia o céu azul sobre o meu ser, eu me sentia leve, eu não corria pelas calçadas eu flutuava, então eu olhei para os meus amados e fiz a pergunta que não queria calar, depois de muito conversar eles enfim cederam a minha vontade, eu fui ao encontra das minhas amigas, a felicidade transparecia pelo meus olhos, eu estava realmente feliz, e minhas amigas estavam felizes por mim, agora era só ligar para o ser que me encanta, e saber se ele poderia nos encontrar .

continua.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Existe dentro de mim um sentimento que caleja o meu ser, tristonha meu sorriso, destruindo a teia que existia no buraco fundo que existe em meu peito, não suporto a maneira com que sou influenciada a seguir em frente, poderia continuar intacta no mesmo lugar através da eternidade, seguir em frente não é a melhor maneira de destruir o passado, o tempo pode esconder, mas com o simples assoprar dos dias as lembranças serão resgatadas, e não vai ser fácil esconder a dor do coração. Vai ser como acordar numa manhã de verão e não encontrar o sol, tudo vai perder o sentido e o tempo sendo sempre demonstrado como o curador da dor, vai fazer com que o zelo do coração seja recuperado, mas nunca com que as lembranças sejam apagadas, foi escrito para sentir e não para entender, o significado vai ser encontrado nos olhos castanhos escuros observando os meus passos, e a melancolia já não será tamanha.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Amor, não é ilusão, amor é identificação.
Amor, não é complexo, amor é um anexo.

Amor, agente não escolhe, amor agente descobre.
Amor, não se compra, se conquista.
Amor, não morre, e nem acaba pois o Amor de verdade nunca acaba.
Amor, não aparece, o Amor entristece.
Amor infinito é aquele que vaga dentro de mim, sem ter onde ir, a não ser essa dor sentir.
Não rejeite e sim aproveite.
Não deixe o amor passar.
A sua vida só vai começar quando você se apaixonar.

Jean Galli

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu precisava ver seu sorriso todos os dias, como a força que não encontro em outro sorrir, sem te sentir nada mais me importa, já não posso mais com essa feição, faz-me viajar e aniquila meu coração. Não tenho certeza do que esta acontecer mas duvidas surgem e me tiram a vontade de me deitar, palavras não ditas esvaziam todo tipo de pensamento,sou envolvida pela dor que constrange meu peito, eu preciso ouvi-lo pra me recuperar, suas palavras aquecem meu coração e me tornam a transcender a emoção de viver . Como o sol haje sobre as plantas ele tem controle sobre mim, sou fixada por seu olhar, aqueles olhos castanhos escuros fazem perder-me num mundo desconhecido que por alguns momentos eu esqueço do mundo ao meu redor e sou tomada pelo meu sentimento. Ele era o começo, agora tem total controle de surto e efeito.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sentir, o que é sentir ?
A brisa, a luz, o calor, o toque, o olhar.
Sentar-se em algum lugar e não sentir mais nada, esquecer dos momentos que me cercam, dos amores que refletem, das dores que sinto, de tudo que perdi. Eu não sinto, ou sinto ?
Confusões alucinam minha cabeça, meu sentimento é indescritível, desconhecido, desnaturado, me resta é acreditar que seja verdadeiro.
Desde que me tornei algo um pouco maior comecei a sentir, sentir-me bem, aliás faz muito tempo que assim não me sinto, é complicado, são coisas do coração, não do cérebro eu não amo com o coração, ou amo ?
Seilá, o que importa é que nada importa. Cá estou eu sentada na frente de um computador, escutando uma musica melancólica, lembrando de momentos que me fazem sentir, mas eu não acredito que eu sinto, se eu acreditar eu vou ser tomada, tomada por lagrimas, por lembranças, por momentos. Dói do verbo doer, que significa sentir.As palavras escorem pela minha boca, eu sou eternamente tomada por palavras, palavras ditas, o silencio não me agrada, eu preciso estar em constante movimento, como o ar, quando estou aqui parada eu sinto, queria voar, voar para longe, para algum lugar tranqüilo onde pudesse esquecer, onde eu não pudesse sentir.

domingo, 1 de agosto de 2010

Busquei sempre ser o melhor que pude, o melhor que consegui, tentei ao maximo controlar os meus sentimentos, desvenda-los, para que a angustia passasse, e eu volta-se a ser como sempre fui.
Fui tomada pela desilusão, fui segada pelo meu coração, sentimento difícil, mas ao mesmo tempo consolador, talvez eu precisasse disso pra acordar do tempo dormente em que vivia, para sentir o brilho do sol invadindo o meu ser, e o calar da noite o silencio que me faz pensar. Eu confesso desconhecia esse sentimento tão forte, tão bonito e ao mesmo tempo tão mortífero, feroz . Podia ser tão fácil, mas do que pensava simplesmente não teria graça, eu não daria o valor necessário.
Compreendo o quão difícil foi estar só enquanto milhões de pessoas encontravam a pessoa necessária, e eu, continuava com a mesma certeza, eu havia encontrado um único alguém que fez meu sangue pulsar mais forte, que fez meu coração disparar, meus olhos abrir e num movimento rápido piscar, eu não poderia piscar, sentia que podia perder algum momento pelo simples e rápido fechar dos meus olhos, eu queria estar ali, de olhos bem abertos, assim me sentiria segura, fez meu sono se tornar mais bonito, com sonhos consoladores, tão reais que eu não precisava nem mais acordar, podia parar no tempo e continuar sonhando para sempre, a única diferença que eu não podia te-lô aqui. Foi difícil aceitar, eu não podia aceitar, eu precisava desse alguém ao meu lado, eu precisava do seu sorriso, do seu olhar, da suas doces palavras, do seu ser.Eu deveria preservá-lo, mesmo longe eu me sentia protegida, talvez fosse porque eu havia me conformado, e entendido que havia um propósito por não estar ali, do seu lado, e assim meus dias passam, olhando pro céu e tentando encontrar um outro caminho a trilhar, mas meus passos sempre me levam ao mesmo lugar .