quarta-feira, 4 de maio de 2011

La forza de la vittá.

Quando você espera tanto, tanto, tanto que cansa que não tem mais vontades, e que a aquela necessidade some, você se liberta e não vive mais de saudades e sim de presente e de sede de futuro, quando você respira o ar puro, experimenta novas sensações, busca novos perfumes e sente-se liberta, apesar de caminhar por um lugar onde você procura vestígios de alguém que nunca foi seu e que você sempre quis que fosse, e apesar de já não sentir tanto, sua esperança não passou e ela está esperando para que logo após do amanhecer tudo volte a ser como deveria, como você sonhava. Mas, você percebe que a realidade já não condiz com as coisas que você gostaria que acontecessem e você se fecha no seu mundo, se escondendo dos olhares atentos e direcionados que envolvem você, ai você sorri, sem motivo e descobre o motivo dos seus sorrisos, e respira aliviada por saber que não está louca, ou sozinha, mas você não quer sentir por medo de viver dias difíceis, mas você sabe que isso sempre vai existir e de repente toda a confusão volta, seus pés não sabem mais por onde caminhar, mas você tenta manter a calma, até que ao levantar seu olhos, você encontra os olhos de alguém que faz parte dos pensamentos apesar de não saber, e seus olhos se encontrar e você começa a sentir coisas estranhas, coisas que você nem lembrava que existiam, você sente-se bem, mas o medo congela sua barriga, sua perna treme e você cristaliza, sorri sozinha e de novo sente-se fechada num mundo só teu, pois a oportunidade aparecida parece desparecer, por você agir sempre de acordo com os seus pensamentos, de acordo com aquilo que você prega e para não magoar ninguém abrir mão dos momentos que seriam felizes pra ti, mas que trariam infelicidades a outras pessoas, e você tem medo de perde-las, por você necessita de cada sorriso, de cada palavra e descobre que é a pessoa mais dependente de sorrisos, de alegria e felicidades e você costuma abrir mão de coisas que deveriam ser suas para a alegria e felicidade das pessoas ao seu redor, apesar de se condenar por isso, porque você sente que as pessoas não fazem isso por você, e que elas até te sub julgam por ser tão seguidora de seus princípios, e de talvez por isso não ser tão feliz o quanto poderia ser, ou até como deveria ser, se fosse mais egoísta, mas individualista e se preocupasse mais com si próprio do com os outros, que podendo considerá-los muito mais do que outros e ser considerada por eles apenas mais uma pessoa, ou mais um ser que ocupa espaço nesse mundo cheio de injustiças e de coisas que não são valorizadas, ou ser aquela pedra no caminha pelo fato de viver tentando ajudar e as vezes acaba só atrapalhando, mas sem intenção. Mas você sorri e continua, como se nunca nada houvesse acontecido, como se você nunca tivesse sido julgada, ou magoada, mas o que as pessoas não vêem é aquilo que você carrega dentro de si, no seu interior, lá onde só você sente, sente em silencio.

O que muitos não sabem é que dói sentir em silencio, dói abrir mão de coisas que deveriam ser suas, e o que mais dói é ser esquecida como um livro velho em uma estante.

Juliet Rosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário