domingo, 5 de dezembro de 2010

Ontem.

Eu ainda lembro do passado, ele sempre vem e consome um pouco de mim, um pouco das minhas energias, um pouco da minha lucidez.
Ah o passado brilhante, o passado bonito, o passado sonhado, é, passado.
Já aceito que ele passou, já sinto que acabou, mas o que fazer com as lembranças?
Enterá-las aonde? Em que cova?
É seria simples, mas não é. Elas vivem juntas de mim, vivem assombrando minha sombra,
vivem relembrando o quanto eu era feliz, o quanto eu transmitia um brilho enorme e o quanto eu invejo meu passado e queria fazê-lo presente.
Simples assim.
Não simples, ele machuca esqueceu? É fácil fingir que passou fingir, só fingir.
Minha lucidez faz me lembrar, faz eu parar de fingir, faz eu sentir o pranto inundado, ou faz eu sentir alegria, uma sensação boa de saber que aconteceu, mas uma tristeza de saber que acabou e eu jamais vou voltar ao passado, uma sensação estranha de confusão e minha lucidez se vai, eu tremo e sinto, sinto dor, sinto nada, sinto o passado, só sinto.

Um comentário: